terça-feira, 28 de setembro de 2010

Chove lá, chega aqui?!

Foto: Gettyimages

E nesses dias nublados de chuva e frio dá quase uma "vontadezinha" de pecar só pra encontrar o perdão no canto direito do seu rosto. Me abraça forte, me segura e esquenta, fica? que eu sei que vai ficar tudo bem.

Isa G.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Selo de reconhecimento

Recebi este selo da Vivian do blog: "Vai um cafezinho?" e sou muito grata à ela por isso! :)


 "Indique para 10 blogs caso queira participar. E não esqueça de avisar aos blogs sobre o selo."


1. Costurando Estrelas
2. Sangue e Solidão
3. Eu te toco também
4. Eternos Rascunhos
5. Pelo amor ou pela dor
6.Colcha de Retalhos
7.Quem se importa
8.Fecha aspas, coloca você
9.Frases bonitas não completam vidas
10.Brunno Leal


Sigo muitos blogs e admiro cada um que conseguiu me conquistar através das palavras! Sei que todos são merecedores do selo, mas como posso indicar apenas 10, aí estão. Reconheço o esforço e dedicação de todos e fica aqui a minha indicação pra quem quiser conhecer diferentes estilos cada um bonito à sua maneira! São todos excelentes.



Isa G.



sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estação de flores


A primavera chegou e eu soube assim que vi você sol, luz, quente chegando e senti brotar flores vermelhas, amarelas, roxas, azuis, laranjas, brancas, brandas, uma a uma em meu sorriso. Quero ser toda flores, inteira sua. Na Estação das flores, encontra comigo.

Isa G.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tudo bem


"No fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem."

Caio Fernando de Abreu

domingo, 19 de setembro de 2010

Escuridão

Me diz do que adianta tanto sentimento se for pra esconder? Me diz pra que serve tanto sorriso pra depois só fazer sofrer? Me diz o nome do que é isso porque eu já não sei mais onde estou! Em quem eu acredito? Quem aqui é de verdade? Quantos machucados você carrega? Eu? Já perdi as contas. É triste aqui. Muito quente. Se estivessem aqui, os gélidos iriam queimar seus corações gelados, e eu só alastro o fogo porque sou pólvora, vento, lenha. Não vejo problema em ter sentimentos quentes. Vejo problema em palavras de gelo, atitudes de ar, que mudam a direção constantemente, e sempre passam. Tá muito triste aqui, Cá. Ninguém sente nada, ninguém diz nada. São todos surdos e mudos no amor. Poxa, me tira daqui! Tira depressa! Não quero ser um deles, por favor. Por mais que me doa, por mais triste que seja, quero continuar carregando no peito a maior causa humana, por mais que machuque, arda, despedace, quero ir embora daqui. Quero gritar ao mundo o que penso, o que sinto, o que eu quero. Não vai fazer a mínima diferença para esses surdos-mudos, mas em algum lugar do mundo (ou fora dele), algum coração defeituoso vai me ouvir. Cá, me avisa a hora de voltar. Só não demora muito... Porque eu quero sair.

Isa G.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amor patriota.


Queria saber falar de outra coisa senão amor, mas é como querer falar inglês, italiano, alemão tendo nascido no Brasil. O amor é minha língua, minha terra. E eu? Sou bem patriota.

Isa G.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Diferença


“Sei que fui ausente. Me desculpe. Peço-lhe, agora (se é que estou em condições de pedir algo), não que aceite, mas que perdoe tal ausência minha. E que, quando ler isto aqui, saiba que estou lhe falando a verdade, apenas não sei demonstrar meu amor. Não demonstrar é diferente de não sentir. E eu sinto tanta coisa... Tanta coisa...”

 Douglas Thayanã

Mais em: http://sangueesolidao.blogspot.com/       =)   Obrigada por me deixar postar parte de um texto seu, Douglas!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inteira metade

Não me importa que você seja razão. Deixa que eu seja coração por você; tem muito sobrando aqui! Posso ser sua emoção, sensibilidade, sua geleira derretida. Você pode ser meu escudo, proteção, razão em forma de gente. Você é ó... Um aço. E eu sou puro... Abraço. E eu gosto disso. É quase um suporte. Todo abraço deveria ser de aço pra resistir às pancadas internas.
É assim mesmo: você faz, eu falo, eu sinto, você pensa. Pode ser passo, serei caminho. Pode ser riso, serei contigo. Talvez a gente se equilibre nessas diferenças. Sou ímpar, você também. Talvez somados continuemos um.

Isa G.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu adoro voar


"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."


Clarice Lispector

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Despedido


 o aviso prévio antes de se perder um emprego. Deveria ser assim no amor. Nenhum coração merece um chute sem se preparar pra queda.

Isa G.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ser inteiro.


Ser coração não é tarefa fácil. É bonito de se ver sim, mas ser... É completamente diferente, outra história, mais semelhante ao 'behind the scenes'. Quem é coração cora fácil, tem um mar de flores no lugar do cérebro, sorriso a céu aberto, peito furta-cor. É sonho no lugar dos olhos, amor no lugar do amor. Vai dizer que não é bonito? Agora tenta ser.
Ser coração é sofrer antes, durante e depois de toda e qualquer situação. É sentir saudade de quem já se foi e de quem nem chegou. É querer temendo, é tremer por querer demais. Arrepender do excesso que carrega e dizer sempre: nunca mais... Até o próximo minuto. Ter aversão à pessoas feitas de ferro, abraços gelados, sentimentos aprisionados.
Um ser coração é um ser livre, mas que sempre volta porque o peito cria raízes aonde cai (e ele sempre cai). É acreditar na história das estrelas, nunca ter certeza, enxergar o bem e a beleza mesmo que estejam escondidos por máscaras de jornais. Cansa (respira). Cansa (respira). Cansa (respira)... Mas sempre acha jeito de continuar porque quem é feito de carne e sangue não desiste da busca, mesmo que haja espera. O peito foi feito pra esperar.
Ser coração é julgar-se sempre solitário porque sente-se carregando o órgão exposto, mas que ninguém vê, ou sente. (e o coração sente pesadamente por isso). É esperar sempre o pior, mas desejar ao fundo o melhor. É ser excesso, um milhão de sentimentos em cada poro. Um coração que se divide em mil, mas se refaz...todos os dias. Ser coração é ser eterno, infinito e... até mais.

Isa G.

Que permaneça assim


- Faça um desejo!
- E se eu não tiver nada para desejar? E se eu tiver tudo o que quero?
- Deseje que nada mude.


Grey's  Anatomy - Episódio 11 (5ª temp.)




p.s.: post encontrado no 'Eu te toco também'. =) Grey's é muito bom.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Querido baú...


Sei que tenho depositado em você tudo o que não cabe mais em mim: sonhos, esperanças, insegurança e muito, muito sentimento. Tenho feito de você o meu baú preferido, só com uma diferença: um baú comum, geralmente, é usado para guardar lembranças (boas ou ruins) e objetos de valor sentimental. Baú é sempre uma volta ao passado, mas você querido, não! Você é um tipo especial e o que eu te deposito é pra ser fruto, futuro, no mínimo presente, mas não passado. O que eu quiser guardar de lembrança arquivo na memória, no diário, nas gavetas, até mesmo em algum baú no canto do quarto, daqueles bem empoeirados. É... Lembrança é pó acumulado no coração.
Quanto à você... Se te deposito meus sonhos é porque sei, de alguma forma, que meu sonho contempla o seu.
Se te entrego esperança é porque espero que seu jeito se encaixe ao meu. Se te mostro insegurança é porque tenho medo de me esvaziar e as minhas peças não serem as certas pra arquivar no fundo do baú, do teu. E se te dou sentimento! Ah! Se te dou sentimento é porque quero te livrar do pó e te transformar num amuleto da sorte, daqueles pra carregar comigo. Te faço baú, mas não te quero um! Perdoe a ousadia, mas aceite a condição?

Isa G.

domingo, 5 de setembro de 2010

(In)decisão


Será que se a gente soubesse que caminho seguir, seria mais fácil caminhar?

Quando estamos frente a uma bifurcação sei que é difícil escolher qual caminho seguir, mas acredito ser melhor assim. Se soubéssemos ter que seguir por um caminho tortuoso, cheio de espinhos, tempestades, buracos e 'monstros', caminharíamos em paz e tranqüilos? Chuto eu, que não.
Algumas coisas são melhores se deixadas desconhecidas. Bom é ter uma bagagem boa nos pés, costas e coração. Se chover a gente tira o guarda-chuva, se fizer sol  passa o protetor, se tiver buraco pula e os monstros 
a gente enfrenta. A vida é assim mesmo: uma caminhada no escuro. Às vezes encontramos pessoas-lanternas que servem justamente pra iluminar parte do caminho, mas elas se vão e seguem o  próprio destino. Vida também é isso: jornada solitária.
Indecisão faz parte do jogo, mas no fim é melhor mesmo não ter certeza de nada e arriscar tudo. Quando se tem tudo a ganhar, não se tem nada a perder.
Melhor caminhar no escuro arriscando a chegada do que no claro com medo de não alcançar o fim. 
Deus foi muito justo e generoso com todos: numa mão depositou um caminho e na outra uma venda. Lembre-se que nem sempre caminhar no escuro quer dizer andar às cegas. O caminho antes de ser externo, faz curvas por dentro e é logo ai que se encontra a maioria das instruções.

Isa G.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

You say...





"You say that you love rain,

but you open your umbrella when it rains...

You say that you love the sun,

but you find a shadow spot when the sun shines...

You say that you love the wind,

But you close your windows when wind blows...

This is why I am afraid;

You say that you love me too..."



(William Shakespeare)

P.s.: Encontrei esse texto no querido blog Costurando Estrelas e tive que postar =) muito lindo! 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

'Muitos passarão, eu passarinho...'


Era estranho observar a relação daqueles dois; durante muito tempo não consegui dizer o que era ou como funcionava. Hoje, gosto de dizer que ela era como flor e ele pássaro louco, solto, apaixonado por uma flor.
Era bem assim: ela crescia aos poucos, sempre necessitada dos cuidados e atenção alheios e naquilo que a sustentava (acredito eu que os sentimentos. Até hoje é um pouco confuso para mim) ela trazia espinhos e em meu estudo tenho quase a absoluta certeza que eles não eram para machucar ninguém, mas para defênde-la das pragas, de quem quisesse a tirar do chão. Ela sempre foi mais terra, embora sua cor sempre tenha sido um azul esbranquiçado que se você deitasse a seu lado e olhasse a cima, ela e o céu se tornariam um.
Ele já nasceu caindo do ninho, sempre tão independente, asas fortes, peito cheio somente de ar e um bico que quase nunca falava. Suas plumas eram cor de cimento com um tom esverdeado em algumas partes. Voava todo dia sem dizer aonde ia, mas voltava, sempre; Para o sossego da mãe até o dia seguinte. Pousava somente em seu galho, discreto, observador, calado.
Ver aqueles dois sentados na beira da calçada em frente a casa dela era justamente enxergar isso aí: uma flor de terra que vê o passáro-ar partir e não tem controle nem força pra pedir pra ele ficar; muito menos a garantia de volta. Mas quem nasce flor, nasce pra se abrir e foi exatamente isso que ela fez quando ele disse que estava indo, que necessitava voar um pouco, afinal, fora feito no céu, raízes no ar, disse que tomaria cuidado e que se sentisse vontade, voltaria.
Eu vi a flor murchar e é tão triste quando isso acontece. A cor fica fosca, os espinhos ganham vida e ela se volta mais ainda ao chão. Deixa de ter a cabeça, os sonhos voltados ao céu e se fixa em suas raízes de mármore e poeira. Eu vi a flor murchar e o pássaro suspirar de dor. Por um momento eu ri sozinha, pensando: Mas, meu Deus, como pode um pássaro se apaixonar por uma flor e vice-versa?
E Ele me deu a resposta logo adiante. O pássaro bicou a pétala da flor, tirando dela um pedaço; colocou o pedaço ao chão, bicou o próprio peito e no lugar desfalcado da pétala, ele deixou a pluma. Então pegou sua lemrança azul esbranquiçada, guardou no peito e levantou vôo. Sem mais delongas, sem despedidas tristes e melancólicas, aquilo ali era rotina de pássaro, não tinha necessidade de drama.
Ela continuou sentada ali durante um tempo, olhos fixos ao chão, a pluma passando de mão em mão e então deu um sorriso e olhou pra cima, como se tivesse a certeza de que de lá ele a veria.
Hoje sei que não só eles, mas nós somos todos pássaros e flores. Têm os que nasceram regidos por Marte, pés na terra, outros tem Júpiter como regente, ar na mente e pés soltos. Mas, o que é bonito é essa troca de carinho que não exige nada em troca. Tirar um pedaço de si e entregar ao outro é a maior prova de amor que já conheci. Eu não sei se ele voltou, se ela murchou. Não sei se ele em fim encontrou 'uma passarinha' e se a flor azul polinizou. Sei que eles são meu exemplo de amor e sempre que penso em alguém, penso num pássaro carregando no peito o amor de uma flor.

Isa G.